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FAQ

A moradia independente do JNG possibilita que adultos com deficiência assumam o protagonismo de suas vidas, exercendo plenamente seus direitos e sua capacidade civil, como assegurado na Convenção da ONU e na Lei Brasileira de Inclusão. É um projeto inovador e inédito no Brasil, mas que já existe, com sucesso, em outros países.

Em nossa visão, a moradia independente é estratégia para a vida adulta emancipada, pois todo ganho de autonomia é um exercício gradativo de escolhas que fortalecem a autoestima, a autoconfiança e a independência. É a verdadeira transformação social que desejamos, valorizando a diversidade e a inclusão em nosso dia a dia. A moradia independente muda a dinâmica do convívio social na comunidade local, prédios e bairros, estimulando a interação e o aprendizado entre seus habitantes e frequentadores. Sem isolamento, sem residências segregadas, com privacidade, liberdade e autonomia.

A primeira moradia independente do Brasil foi inaugurada no dia 8 de novembro, no Uliving, no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, possibilitando novos horizontes ao adulto com deficiência e sua família.

Dúvidas e sugestões: comunicacao@institutojng.org.br

Perguntas Frequentes

Inédita no Brasil, a moradia independente do JNG traz um novo olhar sobre o adulto com deficiência, que valoriza o seu protagonismo e as suas escolhas. Sua metodologia exclusiva traça uma análise aprofundada da singularidade de cada pessoa, a partir de entrevistas e escuta ativa do adulto com deficiência e sua família. A moradia independente do JNG tem como diferencial o Programa Personalizado de Apoio, centrado nas necessidades e escolhas do adulto com deficiência para que ele tenha autonomia nas atividades do seu cotidiano.

Não é terapêutica, não tem limite de idade e nem de tipo de deficiência – o que varia é a quantidade e tipo de apoio que ela necessita, porque por mais severa que seja a limitação de uma pessoa, suas escolhas devem ser respeitadas. É dessa forma que se desenvolve autonomia, mesmo que o adulto com deficiência dependa de outros para executar suas vontades.

A moradia independente do JNG é uma alternativa para que adultos com deficiência continuem seu processo de conquista de autonomia e independência ao longo da vida. É uma opção para quem deseja sair da casa dos pais e ter sua privacidade, seja para morar sozinho ou com alguém de sua escolha, com segurança e apoio profissional.

A primeira moradia independente do Brasil funciona no Uliving, no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Mas o modelo pode ser implementado em qualquer cidade. Em 2022, formaremos novos grupos e levaremos nossa metodologia exclusiva para todo o país. Ficou interessado? Envie um email para comunicacao@institutojng.org.br

O prédio não é exclusivo, é um apartamento como outro qualquer, em um prédio comum, com moradores diversos, com ou sem deficiência, valorizando a diversidade.

O bairro conta com parques, museus, metrô e grande oferta de comércio e serviços,  possibilitando que os moradores se integrem com a comunidade local e esta, por sua vez, vivencie a inclusão no dia a dia, de forma naturalizada.

Cada morador tem seu próprio apartamento, mobiliado e equipado com TV, frigobar e cooktop. E eles contam com dois tipos de suporte:

  • Base de Apoio, no mesmo prédio, mas não dentro do apartamento. Uma equipe de plantão 24h conhece e supervisiona o seu dia a dia e suas rotinas
  • Apoio individualizado, para desenvolvimento de habilidades específicas, de acordo com suas necessidades e escolhas.

O valor total da moradia independente é a soma do aluguel e dos serviços de apoio. O aluguel inclui água, gás, IPTU e condomínio, além de internet gratuita e livre acesso às áreas compartilhadas, que incluem cozinha coletiva, cinema, co-working, entre outras.

O custo da Base de apoio 24h é dividido igualmente entre todos os moradores; e o Apoio Personalizado é contratado à parte, de acordo com as horas dedicadas e previstas no plano.

É uma análise aprofundada da singularidade de cada adulto com deficiência. Nossas especialistas (pedagogas e assistente social) entrevistam a pessoa com deficiência e sua família para mapear as rotinas, atividades e aspirações, em diversas áreas da vida: saúde, segurança, finanças, alimentação, cuidados pessoais, cuidados com a casa, mídias sociais, lazer entre outras.

O resultado é uma Avaliação de Perfil e Autonomia, um raio-x das habilidades do adulto com deficiência, bem como dos pontos de risco e estratégias para minimizá-los, para ampliar sua participação nas atividades dentro de casa e na vida em comunidade. É uma avaliação inédita no Brasil, com foco na moradia. É sobre ter sua casa, seu espaço e cuidar dele – com todos os apoios necessários para que isso se torne realidade.

Não é uma avaliação sobre estar apto ou não apto, mas sim para definir o Plano Personalizado de Apoio, que indica o tipo, quantidade e a frequência de apoio para que o adulto com deficiência se desenvolva no que realmente precisa e deseja, de acordo com suas escolhas – e, aos poucos, conquiste confiança e celebre os ganhos e desafios de uma vida adulta plena.

Os serviços de apoio são estruturados em dois níveis:

  • Base de Apoio, com equipe de plantão 24h, que conhece e supervisiona as rotinas dos moradores,  identificando eventual alteração nessa rotina, averiguando e tomando providências sempre que necessário. Por exemplo, horários de trabalho, terapias, cursos e medicamentos. Essa equipe também atende demandas pontuais e eventuais situações causadoras de estresse desnecessários. É um espaço permanente de acolhimento, sempre de portas abertas, no mesmo andar dos apartamentos dos moradores.
  • Plano Personalizado de Apoio (PPA): agentes de apoio garantem a execução das atividades previstas, de acordo com a carga horária estabelecida, nos cuidados com a casa e na rotina do morador, como preparar lanches, organizar e lavar roupas, pagar contas e fazer compras, entre outras. 

Todos os agentes de apoio conhecem em detalhes as rotinas de cada inquilino e são treinados para agir, sabem quando, quem e como acionar em caso de imprevistos e emergências.

Cada morador tem um ficha de identificação com todos os dados sobre a sua saúde: alergias, medicamentos usados e com que frequência, plano de saúde, contato do médico de família (se houver) e lista de contatos para comunicação em caso de emergência.

“Nós contratamos pela atitude e treinamos as capacidades”.
Essa frase de David Williams, ex-presidente da Ability Housing, norteia a seleção e treinamento dos agentes de apoio, profissionais que enxerguem a pessoa antes da deficiência, com atitude propositiva e positiva.  A coordenadora técnica e a supervisora dos serviços de apoio são profissionais com mais de 25 anos de experiência, com Doutorado e Mestrado, respectivamente.

A equipe é capacitada na metodologia do JNG, que traz um novo olhar sobre o adulto com deficiência. Os agentes de apoio são treinados para estimular e ensinar a fazer, e não fazer para a pessoa, criando, ainda que sem querer, um vínculo de dependência. Devem ensinar autonomia ao morador, perceber as diversas nuances de comunicação, por meio da escuta ativa, com empatia e respeito.

Já a equipe de especialistas que aplica a metodologia é multidisciplinar, formada por pedagogas, psicóloga e assistente social, com experiências complementares em diversidade, educação especial, desenvolvimento e inclusão da pessoa com deficiência, mediação e emprego apoiado.

Os agentes de apoio são profissionais treinados e a formação de vínculos é parte de seu trabalho, com todos os cuidados para não criar ou manter situações de dependência. A metodologia exclusiva do JNG prevê avaliação e controle de qualidade dos serviços prestados e família pode, sempre que desejar, encaminhar comentários e sugestões.

Como em qualquer condomínio, temos afinidades com alguns vizinhos, e com outros nem tanto. Cada morador terá sua privacidade, seu apartamento e suas atividades diárias, interagindo com a comunidade da maneira que desejar.

O prédio não é exclusivo, reúne moradores diversos, com ou sem deficiência, com inúmeros espaços compartilhados que favorecem a integração e a inclusão. Além disso, a maioria dos moradores é de estudantes, que também estão na fase de transição para vida adulta, saindo da casa dos pais e assumindo responsabilidades. Já o bairro conta com parques, museus, metrô e grande oferta de comércio e serviços,  possibilitando que os moradores interajam naturalmente com a comunidade local.

Sim. Um dos pilares do modelo de moradias independentes é que a pessoa com deficiência pode escolher se deseja morar sozinha ou com alguém de sua escolha, seja namorado(a) ou um(a) amigo(a).

Importante saber que os custos da moradia independente são cobrados individualmente, tanto o aluguel, como os serviços de apoio.

Sim, para isso é necessário que a Base de Apoio seja avisada e as regras do condomínio para visita sejam respeitadas. Nos casos que acompanhamos na Inglaterra, muitas vezes os laços familiares se fortalecem e visitas de pais, irmãos e familiares são frequentes.

O ideal é que sejam até duas pessoas. Excepcionalmente avaliamos a possibilidade de que sejam até três pessoas.

Não. O Instituto JNG acredita na tomada de decisão apoiada, e o contrato das famílias com o Instituto foi assinado pelos moradores.

O contrato de aluguel com o ULiving é assinado pelo responsável financeiro. Isso vale para todos os moradores.

No caso do contrato de prestação de serviços de apoio com o Instituto JNG , quem assina é o morador. esse tema foi amplamente debatido no grupo-piloto, inclusive com reuniões com advogados. O JNG faz valer o artigo 116 da Lei Brasileira de Inclusão, a tomada de decisão apoiada. A pessoa com deficiência intelectual eleja pelo menos duas pessoas idôneas com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na assinatura de contratos, por exemplo.

Sim. Qualquer pessoa com deficiência pode morar sozinha, o que varia são as horas de apoio que ela necessita para desempenhar tarefas e atividades rotineiras.

Essa é uma crença que recomendamos que seja trabalhada junto à equipe do Programa de Suporte Individualizado. Mesmo sendo altamente dependente, a pessoa com deficiência deve exercitar sua autonomia de escolha, ainda que não tenha autonomia para executar tarefas. Do simples fato de ter sua própria casa, haverá muitos estímulos para que a pessoa amplie sua prática de autonomia. Mas, se ainda assim ele/ela precisar de acompanhamento permanente, a equipe técnica provavelmente sugerirá que seja contratado o Programa Personalizado, com periodicidade e número de horas a serem determinados conjuntamente pela família e pelos profissionais que fazem a avaliação funcional.

Qualquer pessoa com deficiência pode morar sozinha ou com alguém de sua escolha, o que varia é o tipo e quantidade de horas de apoio que essa pessoa precisa.

Parte do trabalho da equipe do Programa de Suporte Individualizado é observar comportamentos e reações dos moradores. É comum que haja mais ou menos afinidades com alguns dos demais moradores, no entanto, essas práticas precisam ser vivenciadas para que possam ser corretamente desenvolvidas.

A imagem de um filho sozinho, triste e desamparado corresponde a uma projeção negativa (crença negativa). Sendo esta uma preocupação, haverá oportunidade para dividi-la com a equipe de especialistas para que todos fiquem atentos. Dessa forma, acolhe-se a preocupação trazida pela família para feedback durante as reuniões de acompanhamento e supervisão.

Não, porque o projeto-piloto pressupõe que todos os moradores estejam num mesmo prédio. Estamos estudando uma forma de levar o Plano Personalizado de Apoio (PPA) para pessoas com deficiência que tenham seu imóvel ou que ainda more com os pais, mas já querem adquirir habilidades para uma vida independente e mais autônoma.

Para o grupo-piloto os apartamentos serão alugados. No futuro podemos pensar e discutir modelos alternativos, sem perder de vista nossas premissas.

Sim! Desde nossa fundação, em 2013, dialogamos com todos os atores da sociedade, incluindo os governos nas mais diversas instâncias. Em nosso canal no Youtube vocês encontra nossa participação em alguns eventos na esfera pública.

J, N e G são as iniciais de João, Nicolas e Gabriella, três jovens com deficiência intelectual que eram amigos de escola. Suas mães compartilhavam preocupações e angústias sobre a falta de perspectivas após o término da fase escolar. Para onde vão? Como buscar capacitação? Vão trabalhar? Onde vão morar? A cada pergunta o horizonte se fechava ainda mais.

 

Assim, decidiram fundar o Instituto JNG para promover o debate sobre a vida adulta das pessoas com deficiência intelectual, focando em um tema pouco abordado, por conta da sua complexidade: o direito à moradia. O que era um problema, hoje transformou-se numa solução.

Hoje, a primeira moradia independente do Brasil já é realidade! Jovens adultos com deficiência estão vivendo em suas casas, fazendo suas escolhas, vivenciando sua autonomia e com apoio individualizado de acordo com suas necessidades e respeito à sua singularidade.

O Instituto JNG é uma Organização Social de Interesse Público, sem fins lucrativos, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, habilitada pelo Ministério da Justiça pelo processo nº 08071.000219/2013-18, publicado no Diário Oficial de 2 de maio de 2013. As demonstrações financeiras são mantidas rigorosamente atualizadas e ficam disponíveis no Portal OSCs / Mapa das Organizações da Sociedade Civil.

Desde que foi criado, em agosto de 2013, o Instituto JNG vem construindo uma sólida trajetória. Ao longo dessa jornada, articulou com os diferentes atores da sociedade, como famílias, Ministério Público, profissionais de saúde e educação, universidades, associações e OSCs que trabalham em prol da pessoa com deficiência, governos municipal, estadual e federal e, principalmente, jovens e adultos com deficiência.

Entre seus parceiros, é importante destacar a Fundação Getúlio Vargas e Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, Bhering Cabral Advogados, o arquiteto e urbanista João Sousa Machado, sócio-gerente da Sergio Conde Caldas Arquitetura e especialistas da área de desenvolvimento de pessoas com deficiência.

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