O Instituto

Sobre o Instituto

Somos uma Organização da Sociedade Civil que atua em prol da autonomia e independência de adultos com deficiência intelectual e/ou autismo, com foco em moradia para vida independente e programas de apoio individualizado.

Iniciamos nossa jornada há 10 anos, mas ainda hoje a transição para a vida adulta da pessoa com deficiência é um tema pouco discutido na sociedade civil nas agendas de políticas públicas. Atuamos para sensibilizar a sociedade, o poder público, o mercado, os investidores e as famílias que, com o apoio profissional e individualizado, o adulto com deficiência pode ser protagonista de sua vida, fazer suas escolhas e tomar suas decisões, ampliando assim seus horizontes.

A vida adulta e plena é composta por três eixos: habitação, trabalho e socialização. Para o Instituto JNG, a moradia é estruturante na trajetória de amadurecimento e desenvolvimento pessoal, é o alicerce da vida adulta e o propulsor para o desenvolvimento da individuação de qualquer pessoa. Além disso, a moradia para vida independente é um direito previsto na Convenção da ONU e na Lei Brasileira de Inclusão. 

O modelo de moradia para vida independente propicia um horizonte de liberdade e autonomia às pessoas com deficiência intelectual e/ou autistas, além de criar espaços de integração e trocas, onde a inclusão social pode ser efetivamente vivenciada. Estamos falando de exercício de cidadania.

Embora consolidado nos países desenvolvidos, ainda é praticamente desconhecido no Brasil. Por aqui, infelizmente as alternativas existentes ainda nos remetem aos modelos antiquados em que as pessoas com deficiência ficam isoladas, superprotegidas, muitas vezes tratadas como doentes, incapazes e eternas crianças. 

O Instituto JNG está mudando a vida de pessoas com deficiência entre 18 e 40 anos, oferecendo soluções para que elas possam sair da casa de seus pais e morar de forma independente, como todo jovem adulto almeja para sua vida. 

No Brasil a maioria dessas pessoas nem sabe que isso é possível. Muitas famílias ainda confundem esse movimento com abandono e o próprio Estado acredita que deficiência, assim como envelhecimento, é um problema de família e não de política pública. 

Mas a primeira moradia para vida independente do país já é realidade. O projeto-piloto, iniciado em novembro de 2021, termina em novembro de 2023, quando teremos um modelo que poderá ser futuramente replicado em diferentes realidades. 

Hoje, sete moradores, com idade entre 27 e 32 anos, moram sozinhos, cada um em seu apartamento, convivendo com vizinhos sem deficiência no prédio da Uliving, sem isolamento ou segregação.

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A verdadeira inclusão social é quando a comunidade aprende a conviver naturalmente com  a diversidade. A inclusão é uma via de mão dupla, não basta a sociedade “aceitar” conviver com pessoas com deficiência. O verdadeiro sentido é quando abre os espaços para a integrar pessoas diversas não por compaixão, mas sobretudo porque admite que pode aprender com essa convivência e, dessa forma, se enriquecer como humanidade.

Missão

Promover a autonomia e a vida independente de adultos com deficiência intelectual e/ou no Transtorno do Espectro do Autismo, viabilizando a experiência de morar sozinho para apoiar a sua participação na vida em sociedade. 

Visão

Viabilizar e replicar o modelo de Moradia e o Serviço de Apoio JNG para todo o Brasil e todas as classes sociais, por meio de parcerias imobiliárias e políticas públicas.

Valores

Respeito, Empatia, Solidariedade, Generosidade, Transparência, Anticapacitismo

Frentes de atuação

Histórico

O Instituto JNG foi fundado em 2013 pelas mães de João, Nicolas e Gabriella, jovens autistas que estudavam no mesmo colégio e inspiraram o nome do Instituto. Preocupadas com o futuro de seus filhos, compartilhavam preocupações e angústias em projeção à transição para a fase adulta. Decidiram então fundar o Instituto JNG para promover o debate sobre a vida adulta das pessoas com deficiência intelectual e /ou autismo, focando em um tema pouco abordado por conta da sua complexidade: moradia.

Estudaram e mapearam moradias para pessoas com deficiência no Brasil e no exterior. Mobilizaram os principais atores envolvidos com a inclusão de pessoas com deficiência com o intuito de debater sobre essa necessidade e fomentar políticas públicas. A moradia para a vida independente, embora já consolidada em países como Israel, Holanda, Inglaterra e Espanha, ainda é desconhecida no Brasil.

Como toda ideia inovadora, ainda enfrenta resistência e desconfiança de famílias e profissionais, principalmente. Foi preciso, então, “colocar a mão na massa”. No final de 2020, em plena pandemia, formamos um grupo-piloto com 16 famílias, pais e filhos de 19 a 36 anos, para discutir a possibilidade de lançar o projeto com recursos próprios. Em agosto de 2021, quatro famílias toparam o desafio e selamos uma parceria imobiliária com a ULiving. Em novembro, Juliana, Manuela, Nicolas e Pedro se mudaram; Daniel e Eduardo chegaram dois meses depois para compor o grupo de moradores pioneiros. Clique aqui para ver como foi a inauguração da Primeira moradia para vida independente do Brasil