Moradia
O que é?
Metodologia JNG
Nossa metodologia traz um olhar profissional e anticapacitista sobre o adulto com deficiência, alinhado à Convenção da ONU e à Lei Brasileira de Inclusão, com foco na capacidade jurídica, no exercício de direitos e na igualdade de participação na sociedade. Fazemos uma análise aprofundada da singularidade de cada morador e traçamos um plano de apoio profissional e personalizado, para que esse adulto conquiste e amplie, gradativamente, autonomia e independência.
A moradia independente promove a cidadania e a participação de adultos com deficiência, ampliando as possibilidades de inclusão no bairro e na comunidade, e favorece o seu pleno acesso aos recursos da sociedade. Ao promover a dinâmica do convívio social, quebra barreiras e desconstrói a cultura do capacitismo. Para a sociedade, é uma oportunidade única para aprender a conviver com a diversidade.
O que é fundamental na nossa metodologia:
Apoio e monitoramento: Equipe treinada para viabilizar escolhas e decisões individuais para o exercício da autonomia, respeitando a singularidade de cada morador.
Inclusão e diversidade: O prédio tem moradores com ou sem deficiência.
Localização: Bairro urbanizado, próximo ao metrô e ônibus, com vasto comércio, serviços e opções de lazer ao redor.
As Três Etapas:
Para morar sozinho e desenvolver as habilidades para uma vida adulta independente e com mais autonomia, você passará por três etapas:
1. Avaliação de Perfil e Autonomia | 2. Plano Personalizado de Apoio (PPA) | 3. A Moradia |
Identificação do nível de suporte e estratégias de apoio que o adulto com deficiência irá precisar no dia a dia na sua nova moradia. É uma avaliação inédita no Brasil, com foco nas atividades de vida diária, nos cuidados com casa e na participação da vida em comunidade. | Com base na Avaliação do Perfil, o PPA é um plano que define o tipo, quantidade e a frequência de apoio. É um plano assertivo, para que o adulto com deficiência se desenvolva no que realmente precisa e deseja, de acordo com suas escolhas e, gradualmente, conquiste confiança e celebre os ganhos e desafios de uma vida adulta plena. | Apartamento tipo estúdio, com quarto, cozinha e banheiro em um prédio com conceito de moradia co-living. Os espaços do edifício (cozinha coletiva, lavanderia, co-working, sala de jogos, piscina, etc.) são compartilhados para estimular a interação, inclusão e diversidade. A configuração do apartamento pode variar conforme o prédio e cidade. |
Para saber mais sobre a Avaliação de Perfil e Autonomia e o PPA, clique aqui
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Nossos Pilares
+ Autonomia: Sua casa, suas regras. Você define sua rotina, decoração, horário das refeições.
+ Privacidade: Você tem seu apartamento e escolhe se quer viver sozinho ou com alguém de sua escolha.
+ Apoio profissional 24 horas: Equipe treinada para enxergar a pessoa antes da deficiência, promover autonomia e ser anticapacitista. Conhece e supervisiona as rotinas de cada morador e está preparada para agir em caso de imprevistos.
+ Suporte Individualizado: Apoio necessário nas rotinas domésticas para que você viva com independência em sua casa, inclusive se precisar de acompanhamento permanente.
+ Vida em comunidade: Promoção da cidadania para ampliar as possibilidades de inclusão no prédio, no bairro e na comunidade.
O Projeto-Piloto
A primeira moradia independente do Brasil é sediada no prédio da Uliving, no bairro do Flamengo, Rio de Janeiro. Voltada para adultos com deficiência intelectual e/ou autismo, é atualmente financiada integralmente pelas famílias, sem apoio do poder público ou patrocínio privado. Em pouco mais de um ano do projeto, comprovamos como a moradia é estruturante, como funciona como propulsor para outros projetos de vida adulta independente, como a busca de um trabalho.
Atualmente, sete adultos com deficiência intelectual e/ou autismo, entre 27 e 34 anos de idade, saíram da casa dos pais e, com apoio profissional e personalizado, conduzem suas vidas na Moradia Independente. Vivendo como qualquer pessoa, nossos moradores possuem privacidade, por terem seus próprios apartamentos e frequentam os espaços sociais do prédio e do bairro, além de conviver com pessoas sem deficiência e usufruindo das vantagens de pertencer a um bairro urbano com transporte, comércio e serviços.
Cada um com sua rotina, com sua agenda de atividades (trabalho, cursos, terapia, lazer, etc.), seus horários de acordar, de se alimentar, de fazer exercício. A privacidade e individualidade é fundamental para que ele(a) amplie sua autonomia e conquiste, gradativamente, mais independência.
Confira a experiência do Instituto JNG e seus moradores:
Como funciona?
Em um prédio comum, onde vivem pessoas sem e com deficiência, em um bairro urbano, com infraestrutura de transportes, comércio, serviços e lazer.
Cada morador(a) vive em seu apartamento, um na sua privacidade, em seu apartamento tipo estúdio, com quarto, cozinha americana e banheiro; alguns contam com sala e vista para o Aterro do Flamengo ou Museu da República.
O Instituto JNG tem 10 apartamentos e mais um que é dedicado à Base de Apoio, onde trabalha nossa equipe técnica. O andar não é exclusivo, é compartilhado com apartamentos de outros moradores sem deficiência.
A Base de Apoio é um escritório que está sempre de portas abertas, 24h, 7 dias na semana. A equipe é composta por 5 agentes de apoio que se revezam no plantão e uma coordenadora. Eles são responsáveis pelo apoio individualizado no dia a dia, segundo o perfil, a rotina e as necessidades de cada morador. Sua função é monitorar as rotinas dos moradores e as atividades externas (trabalho, curso, terapia), gerenciar horários de medicação, dar suporte para atividades domésticas do dia a dia, tomar providências em caso de imprevistos e promover a integração com os demais moradores do prédio.
A moradia não tem função terapêutica ou de assistência médica. Esse acompanhamento, se houver, pode e deve ser mantido, e será parte da rotina monitorada pela base de apoio 24h. Na moradia independente, cada morador(a) tem sua rotina, com sua agenda de atividades (trabalho, cursos, terapia, lazer, etc.) e define seus horários de acordar, de se alimentar, de ir à academia. Não há alimentação, motorista, terapias ou serviços de saúde como médicos, psicólogos ou fisioterapeutas, por exemplo.
Na moradia independente do JNG, valorizamos a participação da família para a troca de informações com a equipe de profissionais, sempre com foco no bem-estar do morador, sem, no entanto, interferir na sua vida e limitar a sua capacidade de escolha. A família tem papel essencial quanto ao convívio social, apoio emocional e, naturalmente, motivacional e de confiança em relação a esse passo importante da vida adulta.
Não há limite de idade e nem restrições ao tipo de deficiência, embora o projeto-piloto que está funcionando na Uliving, no Rio de Janeiro, seja mais indicado para adultos até 45 anos, por conta das características e dinâmica do prédio, uma moradia estudantil.
O contrato tem prazo mínimo de seis meses e o valor total da moradia independente é a soma do aluguel do apartamento e do serviço de apoio. São dois contratos diferentes: um de locação e outro de prestação de serviços de apoio.
Para famílias que desejam pensar a longo prazo e investir em um imóvel próprio, o Instituto JNG fechou uma parceria com a Mozak. O empreendimento Parque Sustentável da Gávea, no Rio de Janeiro, previsto para ficar pronto em 2025, também terá 10 apartamentos e uma Base de apoio destinados à moradia independente para adultos com deficiência. Para saber mais, entre em contato pelo e-mail: moradia@institutojng.org.br
Ter seu próprio espaço é transformador em muitos sentidos, abre novos horizontes aos jovens com deficiência e sua família. A casa é um trampolim para outras conquistas e projetos da vida adulta, como socialização e trabalho. Na sua casa, esse adulto aprende e exercita sua autonomia no dia a dia, se apropria e toma consciência de si enquanto indivíduo adulto, com responsabilidades, direitos e deveres. E assim, em um processo de aprendizagem contínua, desenvolve habilidades e competências, conquista autoconfiança e autoestima e pode celebrar os ganhos e desafios de uma vida adulta plena.
O que dizem nossos moradores?
“Você cresce e uma hora você precisa do seu próprio espaço, você precisa basicamente aprender a voar, aprender a se virar.” — Manuela Araújo, 27 anos.“
“Não é porque eu tenho a Síndrome de Coffin Lowry que eu não vou conseguir fazer aquilo. É só dar uma esforçada ou me mostrar as coisas que eu consigo.” — Juliana Bolshaw, 27 anos.
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